domingo, 15 de março de 2009

ADOLFO G. CHAVES A SANTANA DO LIVRAMENTO/BRASIL.....

Nesse dia rodei 1.100 quilometros. To começando a gostar da brincadeira...
Sai cedo de Adolfo G. Chaves, com a corrente batendo mais que escola de samba em dia de ensaio... Ainda tava escuro quando pequei muito serração, foram quase 200 quilometros de serração, que atrapalhou em muito, pois a viseira ficava molhada e tinha que ficar limpando. Parei numa oficina de tratores e um senhor me ajudou a esticar a corrente novamente, foi aí que notei que a corrente tava com problemas. Vários elos da corrente estavam bem mais afastados que outros, ou seja, parece que a corrente tinha esticado mais num lugar do que o outro, notamos também que o pinhão tava indo pro espaço, agora tava explicado o barulho que eu tava ouvindo, era do pinhão e da corrente, parecia barulho de ferro sendo moído. Não tinha onde trocar, o jeito era continuar dessa maneira, rezando para a corrente não arrebentar.
Chequei em BUENOS AIRES as 11:00 horas, numa segunda feira, em horário de pico, já da pra imaginar. Fui até o BUQUEBUS tentando atravessar para Colônia no URUGUAI, mas só tinha ferry para as 19:00 horas. Não ia ficar esperando, resolvi atravessar a fronteira por COLÓN e entrar no URUGUAY por Paisandú. Mas tinha um pequeno problema, teria que passar pelos terríveis quardas de Entre Rios, que ficam depois das pontes do complexo de ZARATÉ.
O que fiz, como sabia que seria parado mesmo, escondi todo o dinheiro graúdo e só deixei duas notas de 2 pesos e uma de 5 doláres na carteira e me mandei embora.
Cara não deu outra, depois de passar pelas pontes, fui chegando perto e o cara já foi me mandando parar. Pediu os documentos e disse que eu tinha sido multado por ter passado a mais de 80 por hora na ponte, que agora é tudo por computador. Olhei para ele e comecei a rir, primeiro pedi para ver a foto no computador, o que de pronto foi rejeitado. Depois perguntei o que poderia fazer, e ele me pediu 100 pesos. Disse que não tinha, que tava voltando para casa, que só tava com cartão de crédito. Perguntou quanto eu tinha. Mostrei as duas notas de 2 pesos, o cara olhou e disse que era muito pouco. Insisti dizendo que não tinha mais nada. Ele me mandou procurar novamente, para ver se eu não tinha dolar, real euro. Começei a rir, tirei os 5 dolares do bolso, dei pro cara e disse, não tem multa nenhuma, se tivesse teria me mostrado a foto. Pequei a moto e fui embora, e o guarda não falou nada.... além de corrupto, se vendem por ninharia...5 dolares para dividir por três....
Obs.: Foram os únicos guardas que me pararam com intenção de extorsão. Os demais que me pararam foram com intenção de verificar a documentação ou até mesmo para ajudar....
Atravessei a fronteira para o Uruguay, bem tranqüila por sinal, principalmente na parte do URUGUAY, quando disse que era brasileiro me mandaram entrar sem precisar mostrar nenhum papel, em compensação com os Argentinos eles pegam pesado....
Resolvi que neste dia iria chegar em RIVEIRA, divisa com o Brasil, e me mandei estrada afora, ou melhor, pelo interior do URUGUAY. Ocorre que no Uruguay, nessa região tem muita plantação, e muito inseto na estrada. Tive que parar duas vezes para limpar a viseira, de tanto matar inseto. Chequei em TACUAREMBÓ, já era noite, perto das 7 horas, mas ainda faltavam 100 quilometros até RIVEIRA. Lavei a viseira num tipo de mercearia que tinha na cidade e continuei a viagem, com a corrente fazendo um barulho bem estranho quando ando a 60 por hora, mas acima disso o barulho fica menor, então o negócio e andar a 100 por hora mesmo. E quando acelero ta dando uns pulo da corrente no pinhão, mas devido ao horário, não tem como apertar.
O pulso continua a mesma coisa. Doendo pra caramba....

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